Petróleo cai em Londres e NY com dados decepcionantes nos EUA

08/04/10 – Os preços do petróleo caíram nesta quinta-feira em Londres e Nova York, afetados pelo inesperado aumento do número de desempregados nos Estados Unidos na semana passada, o que esfriou as esperanças de uma retomada da demanda no país.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em maio fechou em 85,39 dólares, queda de 49 centavos na comparação com o fechamento da quarta-feira.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento baixou 78 centavos, para 84,81 dólares.
As novas solicitações de seguro-desemprego aumentaram na semana passada nos Estados Unidos, quando os analistas esperavam uma queda.
“Isso não agradou o mercado”, comentou John Kilduff, da Round Earth Capital. “O entusiasmo observado recentemente (no mercado de petróleo) foi resultado da melhora do mercado de trabalho nos Estados Unidos”, lembrou.
O barril de petróleo texano tinha superado os 87 dólares na terça-feira, pela primeira vez desde outubro de 2008, graças ao impulso dado na semana passada pelos dados mensais de emprego nos Estados Unidos, os melhores em três anos.
O mercado tinha visto nesse fato um novo sinal de recuperação, que permitia pensar que a demanda pelo combustível poderia recuperar-se de forma significativa nos próximos meses.
Segundo o analista independente Ellis Eckland, os preços continuam afetados também pelos dados divulgados na quarta-feira pelo Departamento de Energia americano, que destacaram a décima semana de alta das reservas de petróleo no país.
Essas cifras estimularam a queda dos preços, disse. “Se for considerado o conjunto dos produtos petrolíferos, os estoques aumentaram em 7 milhões de barris. A demanda é fraca na América do Norte, apesar da recuperação econômica, e a oferta aumenta de forma surpreendente. A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) envia mais petróleo ao mercado”.

Fonte: Agência AFP